terça-feira, 22 de julho de 2008

Festa Amarela 2008: uma foto-reportagem




A Festa Amarela reuniu, pelo oitavo ano consecutivo, algumas centenas de participantes no espaço municipal do Centro Cultural Juvenil de Santo Amaro (a Casa Amarela, no Laranjeiro, Almada). As comunidades locais, e respectivas associações, foram mostrar as actividades que desenvolvem ao longo do ano. E deram também uma lição de convivência: foi muito bom ver o povo cigano, as comunidades imigrantes africanas e do Leste da Europa (e os portugueses descendentes dessas comunidades imigrantes...) reunidos com os "lusos" mais antigos... e com a grande comunidade alentejana (Almada é uma das principais "cidades do Alentejo", sabiam?).

Mas isso não é novidade: a Festa Amarela foi sempre assim!





Maria Emília de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA) não quis faltar à festa, tal como o vereador da Cultura, António Matos.



Este salientou a importância da Festa Amarela enquanto encontro de culturas, em declarações ao jornalista António Vitorino:


«É um emblema da cidade multicor que somos. Chama-se festa amarela porque quem deu o nome foi o padrinho, foi a casa, e os pais concordaram. Mas procura ser uma festa de todas as cores, uma espécie de painel azulejar policromático da cidade multicolor que somos. Com comunidades de todas as regiões do país e cada vez mais de todos os povos do mundo. E sempre fomos assim, historicamente, ao longo dos séculos. Já havia território luso a norte do Tejo e já nós andávamos aqui nestas multiculturalidades. Curiosamente hoje no início do terceiro milénio continuamos com estas características, com os alicerces culturais presentes nos bairros, nas freguesias, no concelho.Juntam-se simbolicamente num dia, nesta festa amarela, em que todas as comunidades se expressam, dos idosos aos mais jovens. E todas as afirmações culturais se manifestam, todas as alegrias são partilhadas, desde as práticas mais contemporâneas às mais tradicionais.»


(Ver reportagem no blog Coisitas do Vitorino)






Entretanto, Andreia Pedro e Miguel Nuno, dois técnicos da Câmara de Almada (e funcionários da Casa Amarela) explicam como se organiza a festa, e aproveitam para revelar algumas ideias para o futuro:





Andreia Pedro, sobre o método usado para organizar a Festa Amarela:

«Começamos com o grupo organizador das pessoas que nos acompanham do ano anterior. Fazemos uma reunião mais ou menos no mês de Maio, acolhemos algumas ideias que eles tenham. Nessa reunião surgem as ideias para o palco, inovações para a festa. Ao fim de uma ou duas semanas voltamos a reunir com propostas na mesa, confirmamos essas propostas e começamos a fazer o programa . Há o trabalho paralelo que nós, técnicos, fazemos, a logística... É importante referir que todos os que cá vêm, vêm todos por amor. Vêm mostrar o trabalho que têm realizado ao longo do ano. Seja na casa da juventude ou fora, aqui na área envolvente. Nós funcionamos muito com grupos do concelho do Seixal, até porque estamos na fronteira. Do outro lado da rua já é Seixal!»




Miguel Nuno, sobre as perspectivas de crescimento da festa:

«A ambição da Festa Amarela também é crescer a outro âmbito e passar a barreira do local. E já agora - porque não? - tentarmos passar o modelo para outros locais. Uma festa participada pela comunidade local que possa vir a nascer noutros locais do município e servir essa população da mesma forma.»


(Excertos de uma reportagem de António Vitorino para o jornal Notícias da Zona)


Um comentário:

mAmAdA_mAn disse...

www.motoratasdemarte.blogspot.com