O Campeonato Mundial de Surf, disputado na Costa da Caparica, sorriu à selecção portuguesa. O bodybord foi a modalidade em destaque, na qual os portugueses lograram quatro medalhas e somaram pontos suficientes para subir um posto na classificação por equipas, face a 2006. Na geral, a selecção lusa alcançou o sexto lugar, num conjunto de 29 selecções.
Por Bruno Rodrigues Martins
Quatro medalhas. Duas de prata, duas de bronze e um merecido sexto lugar na geral. Foi este o somatório da participação portuguesa no Campeonato Mundial de Surf’2008 (ISA WSG), disputado na Costa da Caparica. Durante oito dias de prova, 29 selecções de todo o mundo defrontaram-se pelos títulos mundiais de surf, bobyboard e longboard (masculinos e femininos), com os portugueses sempre a dar mostras de grande talento quer individual, quer colectivo. Na classificação geral, a Austrália revalidou o título de campeã, pela terceira vez consecutiva nas últimas seis edições. Portugal venceu duas medalhas de prata, uma por equipa no «Aloha Cup» e outra individual por intermédio de Manuel Centeno, às quais Hugo Pinheiro e Rita Pires juntaram mais duas de bronze. No final da competição, o seleccionador nacional, José Braga, era um homem relativamente satisfeito. «Fizemos um bom campeonato e, precisamente por isso, acho que os atletas mereciam mais. Mas no conjunto tenho de estar satisfeito com a prestação da equipa. Individualmente foram óptimos e funcionaram muito bem como equipa», partilhou José Braga, feliz pelos resultados obtidos, reconhecendo que poderiam ter sido melhores na fase final da prova. Na mesma sintonia, o bodyborder português Manuel Centeno, considera que o dever foi cumprido. «Foi uma disputa muito táctica e, com um mar pequeno como estava é sempre importante entrar logo bem. Queríamos dar a alegria do ouro a toda a gente que aqui nos veio a apoiar, mas não deu. Demos o nosso melhor e para o ano vamos lá (Costa Rica) buscar o título”, garantiu o atleta, que apesar de ter perdido o ouro conquistado na última edição (Califórnia), não perdeu o optimismo. Menos satisfeito, ficou o caparicano Hugo Pinheiro, que também deixou escapar a prata da última edição. “Gostaria de ir mais longe, mas a prata e o bronze é muito bom, é mais uma prova de que o bobyboard nacional está em grande”, afirmou Hugo Pinheiro, sublinhando o bom trabalho colectivo da selecção nacional, quer em termos de resultados, quer em termos de companheirismo. Rita Pires, a competir no bodyboard feminino, teve um início de prova promissor, da qual não conseguiu extrair uma melhor classificação. Apesar das contrariedades, a bodyborder portuguesa dá os parabéns à campeã porto-riquenha Natasha Sagardia, explicando o que correu mal na final. «Este último heat (prova) foi o que me correu pior em todo o campeonato. Não me consegui encontrar e nem consegui ter uma estratégia. Nesta altura qualquer uma das quatro (na final) podia vencer. E a vitória da Natasha (Sagardia) é a prova de que quem é persistente e acredita acaba por se dar bem», concluiu a pentacampeã europeia Rita Pires.
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