A abertura da 32º edição da Festa do Avante foi pacífica. Tanto no que diz respeito à afluência de público no recinto da Atalaia, como por parte de quem, voluntariamente, trabalhava para receber as largas centenas de pessoas que se deslocaram cedo para o recinto da Festa.
Por Bruno Rodrigues Martins
Por Bruno Rodrigues Martins
A união e camaradagem em torno da militância comunista – imagem de marca da Festa do Avante –, falou mais alto. Prova de tal, foi a atitude vincada das largas centenas de pessoas que, debaixo de chuva intensa, saudaram as palavras de Jerónimo de Sousa, líder do Partido Comunista Português (PCP). "Camaradas e amigos, está a chover, mas quem, como nós, tem que fazer boa cara ao mau tempo da situação política, melhor cara fará a este momento de chuva fazendo mais uma grande Festa do Avante!", disse Jerónimo de Sousa. No discurso oficial de abertura da Festa do Avante, o secretário-geral do PCP lançou duras críticas ao Executivo de Sócrates e prometeu "mobilizar os trabalhadores contra as inaceitáveis propostas de alteração do Código do Trabalho", apresentadas pelo Governo do PS.
Na ressaca do forte temporal que agitou bandeiras, mas não calou gargantas, todos os abrigos foram poucos para escapar à chuva intensa que caiu noite dentro. Joana, de Guimarães, e Tânia, de Sintra, não deixaram que a chuva incomoda-se, até porque, essencialmente, está em primeiro lugar o “contributo para o partido”. No que toca à música, o cartaz "agrada", sobretudo quando se fala em Xutos & Pontapés e Kumpania Algazarra. Apesar disso, ambas são peremptórias no desejo de ver "caras novas" no cartaz, uma delas Moonspell.
Mau Tempo estraga "negócio": Devido às condições climatéricas, muitos dos eventos do programa cultural foram cancelados. Um dos quais, a sessão de ópera, preparada no Palco 25º de Abril, que vê a sua estreia na Festa do Avante adiada por falta de condições atmosféricas. Outros espectáculos nocturnos, tais como alguns concertos no Palco Juventude e no Palco Novos Talentos, foram igualmente cancelados. Nas tradicionais "tasquinhas", a azáfama de servir quem tinha fome e sede, misturada com os problemas que a chuva trouxe a algumas instalações, não ajudou em nada a tarefa de quem trabalhava. A chuva fez alguns "estragos" e deu "algum prejuízo", como partilhou Rui Paulino, de Castro Verde, representante da Região de Beja. Para amanhã, Sábado (2ºdia), espera-se que o tempo ajude à Festa, a começar logo pela manhã, no espaço do Avanteatro (11h00).
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